Empresário alvo de operação por lavar dinheiro para o PCC presta depoimento à polícia
06/11/2025
(Foto: Reprodução) Investigados por lavar dinheiro para o PCC são alvos de busca em aeroportos
O empresário Haran Santhiago Girão Sampaio foi ouvido no Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) nesta quinta-feira (6). Ele é um dos suspeitos de lavar dinheiro para o Primeiro Comando do Capital (PCC) por meio de postos de combustíveis.
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Haran e a esposa, Thamyres Leite Moura Sampaio, compareceram à sede da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) e em seguida foram encaminhados ao Draco.
De acordo com o coordenador do Draco, delegado Laércio Evangelista, afirmou que Haran e Thamyres se apresentaram de forma espontânea à polícia.
O empresário foi abordado por policiais civis no Aeroporto de Guarulhos, na noite da quarta-feira (5), quando voltava para Teresina. A polícia apreendeu um computador, um celular e uma quantia em dinheiro.
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De acordo com o delegado Laercio Evangelista, coordenador do Draco, o empresário e a esposa se apresentaram ao Departamento para ficarem cientes sobre as medidas cautelares que deverão cumprir.
A Justiça determinou que eles compareçam ao tribunal sempre que forem intimados. Eles estão proibidos de sair de Teresina e mudar de endereço e se comunicar com os demais investigados.
Como era o esquema
A operação apura um esquema de lavagem de dinheiro estimado em R$ 5 bilhões. Além dos postos de combustíveis, o grupo usaria empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para movimentar recursos e ocultar o patrimônio do PCC.
Segundo os investigadores, os empresários locais estão ligados aos mesmos fundos e operadores já identificados na Operação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada contra o crime organizado no Brasil.
Para dificultar a identificação dos reais beneficiários, os suspeitos usaram nomes de laranjas, constituíram fundos e usaram fintechs para movimentações financeiras, mesmo modo de operação verificado na outra operação.
A investigação aponta ainda que os postos vendiam combustível adulterado e que usaram fraude fiscal para deixar de pagar milhões de reais em impostos.
Empresário alvo de operação por lavar dinheiro para o PCC presta depoimento
Kelvyn Coutinho
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