Homem que atropelou ex no interior da Bahia é condenado a mais de 17 anos de prisão
09/12/2024
Sentença foi proferida na última sexta-feira (6). Bruno Ricardo Morais de Souza não aceitava o fim do relacionamento com a jovem Andreza Sales. Justiça condena homem por tentar matar ex-companheira na Bahia
O homem que atropelou a ex-namorada em Angical, no oeste da Bahia, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão. A sentença foi proferida após decisão do júri popular, na última sexta-feira (6), no Fórum Tarcilo Vieira de Melo, em Barreiras, na mesma região.
Bruno Ricardo Morais de Souza cometeu o crime no dia 8 de julho de 2018, na estrada que liga o povoado de Fazendinha a Angical. Ele não aceitava o fim do relacionamento com Andreza Sales.
A jovem, que à época tinha 21 anos, voltava de uma festa na companhia de amigos. Ela estava de carona em uma moto, quando Bruno atirou o carro que ele dirigia contra a motocicleta.
Andreza e os dois amigos que estavam no veículo tiveram ferimentos — a jovem sofreu fraturas no corpo e tem marcas nas pernas até hoje.
Andreza Sales foi atropelada pelo ex-namorado, que não aceitava o fim do relacionamento, em Angical
Reprodução/Redes Sociais
Já Bruno Ricado fugiu logo após o crime. Ele foi preso apenas em setembro de 2021, em Aparecida de Goiânia, no interior de Goiás.
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Detido desde então, o homem foi condenado por tentativa de homicídio qualificado. A defesa dele tem cinco dias úteis para entrar com recurso contra a sentença.
Andreza comentou a decisão do júri popular. Para ela, Bruno Ricardo deveria passar mais tempo atrás das grades.
"Mediante a pena aplicada ao réu, ela foi pouca até porque penas podem ser reduzidas e os traumas e sequelas que carregamos não podem ser esquecidas", desabafou ao mostrar as marcas físicas que ficaram no corpo.
Jovem atropelada pelo ex-namorado em Angical ficou com a pele marcada após agressão
TV Oeste
Pedido de medida protetiva
Ao divulgar o caso, em 2018, a polícia informou que Bruno Ricardo tentou matar Andreza por não aceitar o fim do relacionamento. A jovem já havia prestado queixa contra o agressor, com quem namorou por cerca de um ano.
Andreza também havia pedido uma medida protetiva contra ele, mas a Justiça ainda não havia concedido o benefício. Familiares dela disseram que o atropelamento ocorreu três meses após o rompimento entre os dois.