Tem investimento no Banco Master? Saiba como reaver seu dinheiro pelo FGC

  • 18/11/2025
Banco Central determina a liquidação extrajudicial do Banco Master Os correntistas e investidores que tinham recursos no Banco Master poderão ser ressarcidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Veja o passo a passo. 🔎 Na prática, o FGC é como um fundo privado que serve como um seguro para os correntistas e investidores. É ele que garante que os recursos que são depositados ou investidos em um banco estejam seguros caso a instituição financeira passe por alguma crise ou dificuldade. O Banco Central do Brasil (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master nesta terça-feira (18). Este é o processo usado para encerrar as atividades de uma instituição financeira (entenda abaixo). As regras do FGC garantem a cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição. Ou seja, no caso do Master, os recursos que ultrapassem esse montante não são cobertos pelo fundo e entram na fila de liquidação. Isso vale tanto no caso de depósitos quanto para investimentos protegidos, como é o caso dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou do Agronegócio (LCA), por exemplo. Veja mais abaixo quais investimentos estão cobertos pelo FGC. Vale lembrar que o FGC só atua quando há intervenção ou liquidação de uma instituição financeira. A indenização considera o valor aplicado mais os rendimentos acumulados até a data de liquidação, limitado ao teto de R$ 250 mil. ENTENDA: O que é FGC e qual seu papel no caso do Banco Master? Tenho recursos no Master, o que acontece agora? Embora exista a garantia, o pagamento do FGC não é imediato. O processo começa quando o liquidante (responsável legal indicado pelo BC) envia ao fundo a lista completa de credores (quem emprestou o dinheiro) e valores a serem pagos, agrupando os créditos por CPF ou CNPJ. É só então que o FGC consegue processar os pagamentos a serem realizados. Com as informações recebidas, o FGC libera a solicitação no aplicativo para que os credores cadastrem a conta bancária, façam a validação da biometria e o envio de documentos. Vale destacar que, depois que o fundo informa aos credores que o sistema está disponível, o credor precisa manifestar interesse em receber os recursos. O pagamento é realizado na conta indicada após a assinatura do termo de sub-rogação — documento jurídico que formaliza a transferência dos direitos do credor (no caso do Master, os correntistas e investidores) para o FGC. ➡️ Esse documento é o que permite que o fundo pague a garantia ao credor ou correntista. Ao fazer esse pagamento, o FGC assume o lugar de credor da instituição financeira e passa a ter o direito da cobrança dos recursos. Veja o passo a passo para reaver seus recursos pelo FGC Segundo o FGC, a solicitação do pedido de pagamento de garantia para pessoa física deve ser feita pelo próprio aplicativo do fundo, disponível tanto no Google Play quanto na Apple Store. "No aplicativo do FGC, você pode conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia, além de receber notificações para acompanhar o seu pedido", informou o fundo. Veja o passo a passo: Baixe o aplicativo do FGC e complete o cadastro, com nome completo, CPF e data de nascimento; Solicite o pagamento de garantia — essa fase só estará disponível depois de o liquidante enviar ao fundo a lista completa de credores e valores a serem pagos. Depois, basta informar uma conta bancária de sua titularidade para recebimento dos recursos, fazer a validação biométrica e eventuais envios de documentos. No caso do pagamento para pessoas jurídicas, o FGC informa que é o representante da empresa que precisa solicitar a garantia do FGC por meio do Portal do Investidor. Nesse caso, o fundo envia um email com o passo a passo necessário após o preenchimento das informações. "O pagamento é feito por transferência para uma conta-corrente ou poupança, de mesmo CNPJ, em nome da empresa", informa o FGC. Já nos casos em que o pagamento precisará ser feito a inventariantes ou espólio, o FGC tratará sobre a situação diretamente com os beneficiários, não sendo possível fazer a solicitação pelo aplicativo. ⚠️ATENÇÃO: os valores que ultrapassarem o limite de cobertura do FGC, de R$ 250 mil, continuarão sujeitos ao processo de liquidação do Banco Master, em que o credor assume a condição de credor quirografário na massa falida, sem garantia de recebimento dos valores excedentes. O que aconteceu com o Banco Master? A Polícia Federal prendeu, na segunda-feira (17), Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no aeroporto de Guarulhos. Ele estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta. Vorcaro foi alvo de uma operação que mira a venda de títulos de créditos falsos — ou seja, o Banco Master emitia CDBs com promessa de pagar ao cliente taxas muito maiores do que as oferecidas pelo mercado. No entanto, esse retorno era irreal. Há indícios de que o esquema teria a participação de dirigentes do Banco de Brasília (BRB) - que é um banco público do DF. Em março, o BRB chegou a fechar um acordo para comprar o Banco Master, mas o negócio foi barrado pelo Banco Central. Segundo as investigações: O Banco Master emitiu R$ 50 bilhões em certificados de depósito bancário (CDBs, um tipo de título financeiro) prometendo juros acima das taxas de mercado e sem comprovar que tinha liquidez, ou seja, que conseguiria pagar esses títulos no futuro. Nesse tipo de aplicação financeira, o cliente que compra os títulos empresta o dinheiro ao banco, que vai decidir em que vai investir, e recebe juros em troca. Para reforçar essa impressão de liquidez, o Master aplicou parte desses R$ 50 bilhões em ativos que não existem, comprando créditos de uma empresa chamada Tirreno. O Master não pagou nada por essa compra, mas logo em seguida vendeu esses mesmos créditos ao BRB – que pagou R$ 12,2 bilhões, sem documentação, para "socorrer" o caixa do Banco Master. Essas transações aconteceram no mesmo período em que o BRB tentava comprar o próprio Banco Master – e convencer os órgãos de fiscalização de que a transação era viável e não geraria risco aos acionistas do BRB, incluindo o governo do DF. A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master. Na manhã desta terça, no entanto, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, qualquer negociação de compra em andamento é automaticamente interrompida. 🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de um banco que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, fecha as operações, vende os bens e paga os credores na ordem prevista em lei, até extinguir a instituição. Nessa fase, as operações são finalizadas e o banco deixa de integrar o sistema financeiro nacional. O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da aprovação do BC e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O BC designou a EFB Regimes Especiais de Empresas para conduzir a administração especial do Banco Master. Prédio do Banco Master TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/11/18/como-ser-ressarcido-fgc.ghtml


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